A Série A da Itália quer disputar partidas oficiais nos EUA

Os dirigentes da Série A da Itália estão seguindo os passos da NFL, mas ao contrário, pois querem realizar partidas oficiais nos Estados Unidos. Isso significa que os fãs norte-americanos poderão ver de perto e em seu auge jogadores de futebol como Lautaro Martínez, Nicolò Barella, Rafael Leão, Moise Kean, Marcus Thuram ou Mateo Retegui, entre outras grandes estrelas.

Como contexto, a principal liga de futebol americano do mundo começou a realizar partidas da temporada regular no exterior em 2005. O primeiro jogo aconteceu entre o Arizona Cardinals e o San Francisco 49ers, no Estádio Azteca, na Cidade do México (placar de 31-14).

A partir desse momento, começou a organização de mais partidas oficiais em outros países:

• Inglaterra (Londres)
• Alemanha (Munique, Frankfurt e Berlim)
• Brasil (São Paulo)

Além disso, está previsto que este ano aconteça o mesmo na Espanha (Madri) e na Irlanda (Dublin).

“Todas as diferentes ligas estão discutindo a possibilidade de jogar uma partida da temporada regular [no exterior]. Se olharmos para a NFL, eles estão jogando na Alemanha, em Londres e vão jogar na Austrália [2026]. Então, muitas coisas estão acontecendo que tornam essa possibilidade mais real.”

— Michele Ciccarese, diretor comercial e de marketing da Série A da Itália (New York Times).

A declaração ocorreu nos escritórios que a entidade possui em Nova York. Por sinal, estavam presentes Ezio Simonelli, presidente da liga, e embaixadores da mesma, como os ex-jogadores Marco Materazzi e Andrea Pirlo.

Quando será o primeiro jogo da Série A nos Estados Unidos?

Ciccarese revelou que a estreia dos times do futebol italiano em uma partida oficial em solo norte-americano pode acontecer muito em breve.

“Eu diria que depende de nós juntar as peças do quebra-cabeça e apresentar uma estratégia adequada às autoridades. Isso é o que estamos fazendo e, quem sabe, talvez em um prazo de um ou dois anos, veremos a liga jogando se as aprovações forem concedidas. Para nós, precisamos da aprovação da Federação Italiana, com a aprovação da UEFA, depois passa para a FIFA e, por fim, volta para a comunidade local."

— Michele Ciccarese (The New York Times)

No entanto, ele reconheceu que, para que isso aconteça, há barreiras a serem superadas:

• Os calendários das competições europeias, que ocorrem durante a semana.
• O desgaste que os jogadores teriam devido à viagem.
• O número de competições que os jogadores disputam: a liga e a copa do seu país, a Champions League, entre outras.

Os dirigentes querem que o futebol italiano seja o primeiro a conseguir disputar partidas oficiais nos Estados Unidos.

“Adoraríamos fazer isso, como disse o presidente [Simonelli]. Estamos trabalhando para alcançar esse objetivo, mas há barreiras que precisamos superar com a estratégia certa e com o apoio dos clubes, sem esquecer que os jogadores têm muitas competições."

— Michele Ciccarese (The New York Times)

Mas o dirigente da Serie A da Itália também deixou claro que é necessário construir um caminho adequado:

“Isso deve ser feito de uma forma que faça sentido para o clube sem esquecer os torcedores… Não se pode jogar um dérbi de Milão nos Estados Unidos porque os torcedores na Itália ficariam muito irritados. Essa partida tem um grande significado na Itália. Por isso, temos que jogar de uma maneira que respeite nosso público."

— Michele Ciccarese (The Guardian)

A marca do futebol italiano nos Estados Unidos

Enquanto o primeiro jogo oficial nos Estados Unidos não acontece, a liga italiana de futebol já está trabalhando para reforçar sua presença no país. Isso tem ocorrido por meio de duas principais ações:

• Clínicas de futebol de base.
• Estratégia de marketing, que ganhará ainda mais intensidade nos próximos 18 meses.

Vale lembrar que, neste ano, os Estados Unidos sediarão a Copa do Mundo de Clubes da FIFA. Além disso, em 2026, acontecerá a Copa do Mundo da FIFA em conjunto com México e Canadá.

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